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sexta-feira, 17 de agosto de 2012


O SOFRIMENTO NA VIDA DE UM SERVO (A) DE DEUS

 O SOFRIMENTO NA VIDA DE UM SERVO (A) DE DEUS...


Introdução:

A - Saudação

Deus abençoe a todos e que venhamos aprender mais da palavra de DEUS:.

B – Texto
II Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios, capítulo 11: versículos 16-33.

Gostaria de meditar com todos os presentes nesta noite, senhores e senhoras sobre um tema dileto de Deus para o seu povo, no entanto muito desprezado nos dias atuais:

C - Tema:
O Sofrimento como propósito de nos aproximarmos de Deus.

D – Proposição
Santo Agostinho afirma, quando da morte de sua mãe, Santa Mônica: “Fechei os olhos e apoderou-se-me da alma uma tristeza imensa, que se desfazia em torrentes de lágrimas. (...) Parecia-nos que não ficava bem celebrar-lhe os funerais com pranto. A morte de minha mãe, pelo contrário, não foi infeliz nem total. (...) a minha dor sucitava-me uma nova dor, e afligia-me com uma dupla tristeza. Foi conduzido o cadáver à sepultura. Fui e voltei sem derramar lágrimas. (...) Mas todo o dia senti, no meu íntimo, uma tristeza oprimente.” (Santo Agostinho, 1999, Livro IX, p. 249-250). (Grifo meu).

Não há ninguém que possa afirmar que sofrer seja tão bom. E que o propósito do sofrimento seja o próprio sofrimento em si mesmo. O próprio apóstolo Paulo afirmou aos Romanos cap. 8: 18 que: “para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”; seguindo na mesma linha de raciocínio de conforto para o sofrimento, ele ainda afirma no verso 28, “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. (grifo meu).
(Transição): Caso não houvesse um propósito maior do que a dor de sofrer, não haveria quem psicologicamente, fisicamente ou mesmo espiritualmente suportasse o sofrimento. Creio que o apóstolo Paulo, em sua defesa em sua segunda carta aos coríntios, nos revela três importantes propósitos, como razões, de Deus imputar o sofrimento para as nossas vidas: São estes os propósitos apresentados por Paulo:

E - Estrutura
I – O propósito de sermos reconhecidos como escolhidos de Deus. (vv. 16-22).

1. Em Jó, observamos Deus aprovando a escolha do seu servo no meio da provação: Jó. 1: 9-12, 20-22.

2. Em Neemias observamos Deus utilizando as lágrimas do coopero querido, para sensibilizar o Rei a libertar o seu povo: Ne. 1: 3-4; 2. 1-2.

Transição: Sl. 86:7 – “No dia da minha angústia, clamo a ti, porque me respondes”.
II – O propósito de nos reconhecermos no exercício do ministério de Deus. (vv. 23-27).

1. Elias foi reconhecido na qualidade de profeta e homem de Deus: I Rs. 17.1-7, 8-14

2. A morte do apóstolo Tiago e a libertação do apóstolo Pedro da prisão: At. 12: 4-8

Transição: Tomás de Kempis, místico medieval disse certa vez: “Bom é passarmos algumas vezes por aflições e contrariedades, porque freqüentemente fazem o homem refletir, lembrando-lhe que vive no desterro e, portanto, não deve pôr sua esperança em coisa alguma do mundo(...) Estando o homem atribulado ou tentado(...), sente logo melhor a necessidade que tem de Deus”.
III – O propósito de nos ensinar a perseverarmos no sofrimento como obreiros de sua causa. (vv. 28-33).

1. Em Moisés, Deus revelou-se na sua fraqueza: Ex. 3: 10-12; 14: 12-14. Moisés afirmava que não sabia e que não era capaz de realizar o que Deus queria que ele realizasse, mas Deus queria mostrar a Moisés, que suas limitações provariam a soberania de Deus e lhe aproximaria de Deus. (Oração, monte e comunhão com Deus).

2. Em Paulo no espinho na sua carne, o qual lhe causava profundas angústias: II Cor. 12: 7-10. Contudo Deus havia revelado através de Paulo, que o vaso era de barro, e o mais importante era a excelência contida no vaso, II Cor 4: 7.

Transição: Gosto da maneira como Max Lucado, em seu livro Simplesmente como Jesus, retrata a noite em que Jesus foi traído no Getsêmani:

“Na noite em que antecedeu a sua morte, um autêntico depósito de aflição despencou sobre Jesus. Algum lugar entre o período em que oravam no Getsêmani e o local onde Jesus passou pela prova de escárnio é onde a cena mais escura da história do drama humano deve ter se passado. Embora o episódio completo não deva ter durado mais do que cinco minutos, o evento teve maldade suficiente para encher milhares de depósitos de lixo. Exceto Cristo, nenhuma das pessoas presentes teve uma atitude boa sequer. Se buscar na cena algumas gramas de coragem ou um pingo de caráter, não encontrará. O que encontrará é o produto do acúmulo do engano e da traição. Mesmo em tudo isso, Jesus enxergou uma razão para ter esperança. E sob o mesmo ponto de vista dEle, encontramos um exemplo para seguir”. Em Mt. 26: 46-56, Jesus encontrou motivos para dizer aos seus discípulos, mesmo sabendo que seria abandonado e traído: “Levantai-vos e partamos(...)”.

F- Conclusão

Jesus encontrava ouro no lixo, como diria Max Lucado, Ele seria capaz de encontrar coisas boas dentro do Getsêmani. E nós? Será que temos sido capazes de seguir os seus passos em nossas aflições? Será que realmente temos deixado aberto os nossos corações e mentes, para aceitarmos as aflições do tempo presente?

Observemos o texto de Rm. 8: 33-37 para meditarmos como conclusão...
BISPO/JUIZ.PHD/THD.DR.EDSON CAVALCANTE

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