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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ASSIM TE DIGO VÁ E NÃO PEQUES MAIS




                                             ASSIM TE DIGO VÁ E NÃO PEQUES MAIS...

Jesus estava no templo pregando, quando trouxeram uma mulher pega em adultério, a qual devia ser apedrejada por seu pecado... A resposta do Mestre transformou-se em palavras célebres, repetidas como ditado popular, música e outras manifestações: “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra.”

O episódio é bastante conhecido.  Muitas vezes a resposta de Jesus é o que mais nos impacta no sentido de uma conclamação pessoal para que cada um veja o próprio pecado e, assim, não julgue o do outro.  Porém, o texto evangélico nos dá outras pistas da atitude de Jesus em relação ao pecado deveras importantes na compreensão da misericórdia de Deus.

Quando os escribas e os fariseus apresentam a mulher a Jesus, Ele não responde de imediato.  Ao contrário, abaixa-se e começa a escrever na terra. (cf. Jo 8,6).  Muito provavelmente os homens que conduziram a mulher a Jesus fizeram isso de forma barulhenta e chamava a atenção sobre si, tornando ainda mais constrangedora a situação.  Jesus, porém, não dá atenção àquele tumulto, nem tampouco o inflama ou dele participa.  Ao contrário, abaixa-se e começa a escrever no chão como se não houvessem falado com Ele.  Jesus só vai responder diante da insistência – que devia estar constrangendo ainda mais a mulher! E o faz com tanta tranquilidade que logo volta a escrever no chão.  Aos poucos, todos vão reconhecendo seu próprio pecado e retiram-se do local.  Só quando Jesus percebe-Se sozinho com a mulher é que Ele, então, vai dirigir-se a ela e lhe perdoar os pecados.  Duas coisas aqui chamam a atenção: Uma é a sua atitude quase que indiferente diante da situação proposta pelos escribas e fariseus; outra, está em que Jesus poderia ter perdoado o pecado da mulher diante da multidão e, assim, se “auto propagandear”, mas não o faz.

Ora, para Jesus – e para o Pai – o importante não é o pecado, mas o pecador.  Jesus se recusa a participar daquele ato que visivelmente constrangia e fazia sofrer uma pessoa – ainda que esta tivesse sido pega em uma situação pecaminosa.  Ele odeia o pecado, mas ama o pecador e, nessa dimensão de amor, não pode ter outra atitude que não seja a de acolhimento – o não julgamento, o perdão e, por fim, a confiança em deixá-la ir para não mais pecar.

Em vários episódios em que dá o perdão dos pecados, Jesus nos deixa essa ordem: vá e não tornes a pecar!  Ele acredita na força do desejo de conversão humana; sabe que o pecado nos diminui e nos exclui e sabe que isto não é bom.  Assim, acredita que podemos transformar nossa vida – ainda que essa transformação seja uma luta diária – e não mais cair naquele pecado.  É uma afirmação de que acredita em cada um de nós e sabe de nossa capacidade de mudança.

Acreditemos, pois, nesse Jesus que não nos condena; ao contrário, nos reabilita e nos introduz no mistério de uma misericórdia que o coração humano não é capaz de sentir – o amor incondicional de Deus, que não pré-julga, não pré-conceitual e não exclui, mas, apenas ama.

Texto para oração: Jo 8, 1-11
Não peques mais!
Jesus estava no templo pregando, quando trouxeram uma mulher pega em adultério, a qual devia ser apedrejada por seu pecado... A resposta do Mestre transformou-se em palavras célebres, repetidas como ditado popular, música e outras manifestações: “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra.”

O episódio é bastante conhecido.  Muitas vezes a resposta de Jesus é o que mais nos impacta no sentido de uma conclamação pessoal para que cada um veja o próprio pecado e, assim, não julgue o do outro.  Porém, o texto evangélico nos dá outras pistas da atitude de Jesus em relação ao pecado deveras importantes na compreensão da misericórdia de Deus.

Quando os escribas e os fariseus apresentam a mulher a Jesus, Ele não responde de imediato.  Ao contrário, abaixa-se e começa a escrever na terra. (cf. Jo 8,6).  Muito provavelmente os homens que conduziram a mulher a Jesus fizeram isso de forma barulhenta e chamava a atenção sobre si, tornando ainda mais constrangedora a situação.  Jesus, porém, não dá atenção àquele tumulto, nem tampouco o inflama ou dele participa.  Ao contrário, abaixa-se e começa a escrever no chão como se não houvessem falado com Ele.  Jesus só vai responder diante da insistência – que devia estar constrangendo ainda mais a mulher! E o faz com tanta tranquilidade que logo volta a escrever no chão.  Aos poucos, todos vão reconhecendo seu próprio pecado e retiram-se do local.  Só quando Jesus percebe-Se sozinho com a mulher é que Ele, então, vai dirigir-se a ela e lhe perdoar os pecados.  Duas coisas aqui chamam a atenção: Uma é a sua atitude quase que indiferente diante da situação proposta pelos escribas e fariseus; outra, está em que Jesus poderia ter perdoado o pecado da mulher diante da multidão e, assim, se “auto propagandear”, mas não o faz.

Ora, para Jesus – e para o Pai – o importante não é o pecado, mas o pecador.  Jesus se recusa a participar daquele ato que visivelmente constrangia e fazia sofrer uma pessoa – ainda que esta tivesse sido pega em uma situação pecaminosa.  Ele odeia o pecado, mas ama o pecador e, nessa dimensão de amor, não pode ter outra atitude que não seja a de acolhimento – o não julgamento, o perdão e, por fim, a confiança em deixá-la ir para não mais pecar.

Em vários episódios em que dá o perdão dos pecados, Jesus nos deixa essa ordem: vá e não tornes a pecar!  Ele acredita na força do desejo de conversão humana; sabe que o pecado nos diminui e nos exclui e sabe que isto não é bom.  Assim, acredita que podemos transformar nossa vida – ainda que essa transformação seja uma luta diária – e não mais cair naquele pecado.  É uma afirmação de que acredita em cada um de nós e sabe de nossa capacidade de mudança.

Acreditemos, pois, nesse Jesus que não nos condena; ao contrário, nos reabilita e nos introduz no mistério de uma misericórdia que o coração humano não é capaz de sentir – o amor incondicional de Deus, que não pré-julga, não pré-conceitual e não exclui, mas, apenas ama...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

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